O jogo é de vital importância para a saúde e o desenvolvimento da criança. Embora surja de momentos de alegria compartilhada, é muito mais que diversão: por meio da repetição de experiências lúdicas a criança vai fortalecendo as diferentes áreas do cérebro, vai adquirindo novas habilidades, familiariza-se com novos estímulos sensoriais e explora o mundo de forma segura, aprendendo a desenvolver e planejar sua atividade motora, a regulação de suas emoções, sua conduta e interação com os outros.
Por isso, temos que “levar a sério” o jogo: especialmente aqueles produzidos nas interações com os principais cuidadores. Assim como os adultos se comunicam por meio de palavras, o jogo é a melhor ferramenta que temos para nos encontrarmos com nossos filhos a partir da linguagem que eles conhecem e a partir da qual construímos nossos cérebros através de interações cada vez mais complexas.
Nesta nota, gostaria de esclarecer que a palavra “jogo” é tão ampla quanto todas as possibilidades existentes, cada uma com múltiplos benefícios. A riqueza está justamente em acomodar qualquer atividade, objeto e/ou interação para a exploração segura da criança, respeitando sua integridade e seus níveis de tolerância. Existem, por exemplo, o jogo livre e espontâneo (fazer o que a criança quer com blocos), o jogo que tem como foco o fortalecimento do vínculo entre a criança e seu cuidador, o jogo que se concentra no desenvolvimento de interações sociais com outras crianças, o jogo de atividade física e movimentos um pouco mais fortes, mais intensos ou barulhentos (sempre com respeito à criança) e muitos outros.
Gostaria de esclarecer também que o jogo é benéfico para todos, não apenas para as crianças: tanto os bebês quanto os adultos também podemos participar dessas interações. Os bebês pequenos, por exemplo, fazem seus primeiros convites para brincar quando se olham nos olhos com seus cuidadores e podem desfrutar dessa relação. Quanto mais repetimos essa experiência, mais garantia lhe damos de que é um encontro seguro e que pode gerar prazer e conexão. Deste modo, vai se desenvolvendo entre eles um jogo cada vez mais complexo e enriquecido em funções de desenvolvimento.
É importante destacar que essa sincronia é produzida em estados de relativa calma e regulação do bebê, quando ele está pronto para receber essa interação (por isso é muito difícil brincar com um bebê quando ele está chorando de fome e está sendo difícil se acalmá-lo) e com um adulto familiar com quem ele se sinta seguro. É por isso que alguns jogos com bebês pequenos podem funcionar com seus pais e não com estranhos.
Alguns jogos que podem ser usados por idade:
De 6 a 18 meses: Concentrar a atenção e praticar o autocontrole de forma inicial.
-Jogos no colo de seus cuidadores, que sejam previsíveis e que orientem a conduta do adulto e da criança. Brincar de “está-não está” (peekaboo), “Em cima, em baixo, você se esconde e eu te acho”, etc.
-Jogos de imitação e reconhecimento facial muito simples, nos quais o cuidador imita o rosto do bebê ou certas emoções.
-Músicas e brincadeiras com a mão: “Família dos dedos”, “A dona aranha subiu pela parede”, “A minha mãozinha começa a dançar”.
 
De 18 a 36 meses: A linguagem ocupa um lugar importante no jogo, no desenvolvimento das funções cerebrais e sua regulação emocional. 
-Jogos de atividade e desenvolvimento motor: equilíbrios, saltos, musiquinhas com imitação de movimentos dirigidos por adultos. (“Posso tocar minha cabeça”).
-Contar histórias e imaginar: Contar situações em que estiveram presentes, ajudar a verbalizar emoções, livros de historinhas, etc.
-Montagem de torres, uso de blocos e quebra-cabeças de fácil complexidade.
 
	 
	 
	 
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